Atletas que buscam diminuir o tempo de repouso entre sessões de treinamento encontram no yoga uma ferramenta cada vez mais citada pela literatura científica. Diversos estudos indicam que a prática favorece a recuperação muscular, reduz a dor tardia e agiliza a resposta autonômica do organismo.
Estudos apontam benefícios
Uma pesquisa conduzida com mulheres avaliou o efeito de uma sessão de yoga após exercícios excêntricos. O grupo que já praticava a modalidade relatou menor intensidade de dor muscular tardia (DOMS) em comparação ao grupo controle.
Revisão sistemática que analisou diferentes protocolos de recuperação ativa também listou o yoga entre os métodos eficazes para amenizar a dor, preservar força e aumentar a flexibilidade.
Em outro trabalho, agora com atletas do sexo masculino submetidos a treino intervalado de alta intensidade (HIIT), 15 minutos de yoga logo após o exercício resultaram em recuperação mais rápida da variabilidade da frequência cardíaca e do equilíbrio autonômico do que alongamentos estáticos.
Mecanismos envolvidos
Especialistas atribuem os efeitos positivos a quatro pontos principais:
- Melhora da circulação sanguínea e linfática — movimentos suaves combinados à respiração consciente facilitam o transporte de oxigênio e nutrientes, além da remoção de resíduos metabólicos.
- Ativação do sistema nervoso parassimpático — posturas restaurativas e respiração lenta reduzem a atividade simpática, condição que favorece a regeneração dos tecidos.
- Maior flexibilidade e mobilidade — a prática libera músculos tensos, amplia a amplitude de movimento e promove ativação muscular equilibrada.
- Redução de inflamação e dor muscular tardia — evidências mostram diminuição da percepção de dor, o que contribui para menor tempo de inatividade pós-treino.
Como aplicar na rotina de treino
Profissionais sugerem reservar entre 10 e 20 minutos após a sessão principal para um resfriamento ativo, com quatro ou cinco posturas simples — como gato-vaca, cachorro olhando para baixo e postura da criança — sempre coordenadas com a respiração.
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Em dias de descanso ativo, a recomendação é substituir o treino convencional por 30 minutos de yoga restaurativa ou fluxo leve. Além disso, o controle respiratório em ritmo de 4 segundos de inspiração e 6 segundos de expiração ajuda a manter o corpo em estado parassimpático.
Segundo os estudos citados, a consistência na prática é essencial para que os benefícios se acumulem: inserir o yoga de forma regular pode reduzir o risco de lesões e sustentar melhor desempenho a longo prazo.
Com informações de Webrun



