Pesquisas recentes e a experiência clínica têm confirmado que determinados alimentos, antes restritos a lojas especializadas, passaram a figurar no cardápio de quem busca prevenir doenças e reforçar a imunidade. O médico nutrólogo Ronan Araujo explica que compostos bioativos presentes nesses itens atuam no controle de processos inflamatórios, na melhora do metabolismo e na defesa do corpo contra enfermidades crônicas.
Antioxidantes combatem o estresse celular
Entre os principais componentes benéficos estão polifenóis, flavonoides, carotenoides e vitaminas A, C e E. Essas substâncias neutralizam radicais livres, reduzindo danos celulares associados a enfermidades como câncer, diabetes, Alzheimer e problemas cardiovasculares.
Exemplos em destaque
- Frutas vermelhas (mirtilo, amora, morango): ricas em antocianinas, colaboram para a saúde cerebral e cardiovascular.
- Chá verde: fonte de catequinas, auxilia na redução de inflamações e na oxidação de gorduras.
- Cúrcuma: o curcuminoide presente na raiz apresenta efeito anti-inflamatório comparável ao de fármacos sintéticos.
“O consumo regular desses antioxidantes funciona como um escudo celular diante de estresse, poluição e má alimentação”, destaca Araujo.
Saúde intestinal influencia a imunidade
Estudos publicados na Nature Reviews Immunology indicam que cerca de 70 % da resposta imune depende do equilíbrio da microbiota intestinal. Probióticos — microrganismos benéficos — e prebióticos — fibras que servem de alimento para essas bactérias — exercem papel fundamental nesse processo.
Fontes de probióticos: iogurte natural, kefir, kombucha, chucrute e miso.
Fontes de prebióticos: aveia, banana verde e legumes variados.
Alterações na flora intestinal estão associadas a doenças inflamatórias, distúrbios de humor e resistência à insulina, alerta o nutrólogo.
Imagem: Divulgação
Superfoods concentram nutrientes em pequenas porções
Alimentos com elevada densidade nutricional oferecem vitaminas, minerais e antioxidantes em quantidades expressivas mesmo quando consumidos em doses reduzidas. Entre eles aparecem:
- Chia e linhaça: fornecem ômega-3 de origem vegetal, fibras e proteínas.
- Spirulina: alga rica em ferro, proteínas e clorofila.
- Abacate e azeite de oliva extravirgem: dispõe de gorduras monoinsaturadas que auxiliam no controle de inflamações e na proteção cardiovascular.
- Cacau puro: favorece a função cognitiva e a sensibilidade à insulina, desde que consumido sem adição de açúcar.
Segundo Araujo, esses itens não substituem uma dieta equilibrada, mas potencializam a regulação hormonal e ajudam a prevenir distúrbios metabólicos.
No entendimento do especialista, cada refeição representa uma oportunidade de modular genes, reduzir processos inflamatórios e fortalecer o sistema imunológico — fatores considerados essenciais para a longevidade.
Com informações de Webrun



