O Brasil soma mais de 16 milhões de adultos com diabetes e ocupa a sexta posição no ranking mundial da doença, segundo o Atlas Global da Federação Internacional de Diabetes (IDF) divulgado neste ano. O levantamento mostra que 589 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos convivem com a condição em todo o planeta.
Crescimento acelerado
O total de casos no país avançou quase 6% em quatro anos: o atlas de 2021 registrava pouco mais de 15 milhões de diagnósticos. Especialistas alertam que o número real pode ser maior porque cerca de um terço dos portadores desconhece o problema, considerado silencioso por apresentar sintomas apenas em estágios avançados.
Mortes e impacto econômico
A IDF estima 3,4 milhões de mortes ligadas ao diabetes no mundo em 2024, o equivalente a um óbito a cada seis segundos. No Brasil, foram contabilizadas 111 mil mortes no período, média de 304 por dia. O país também figura entre os que mais gastam com a enfermidade, destinando mais de US$ 45 bilhões (cerca de R$ 239 bilhões) a tratamentos e consequências da doença.
Prevalência maior entre idosos
Dados do Vigitel 2023 indicam prevalência de 10,2% na população geral, 22,4% entre pessoas de 55 a 64 anos e 30,4% em quem tem mais de 65 anos. O envelhecimento da população, o avanço da obesidade e o consumo de alimentos ultraprocessados puxam essa expansão.
Alerta para crianças e adolescentes
A Sociedade Brasileira de Diabetes observa aumento de casos em faixas etárias mais jovens, impulsionado pelo crescimento da obesidade infantil. O tipo 2, antes restrito a adultos, surge cada vez mais cedo, resultado de alimentação inadequada, sedentarismo, predisposição genética e, em alguns casos, uso de medicamentos.
Sintomas e complicações
Quando se manifesta, o diabetes provoca micção frequente, perda de peso, fome e sede excessivas, além de cansaço constante. Se não houver controle, podem ocorrer doenças cardiovasculares, infarto, AVC, insuficiência renal, problemas de visão e alterações vasculares.
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Opções de tratamento
No diabetes tipo 2, o controle costuma envolver medicamentos orais e mudanças no estilo de vida; em situações específicas, são usados fármacos injetáveis, como análogos de GLP-1 ou insulina. Já o tipo 1, mais comum em crianças e jovens, exige aplicação diária de insulina. Independentemente do tipo, monitorar a glicemia e adotar hábitos saudáveis são etapas essenciais.
Prevenção
Manter alimentação equilibrada, reduzir alimentos ultraprocessados, praticar ao menos 150 minutos semanais de atividade física, controlar o peso e dormir bem são medidas recomendadas para evitar ou retardar o aparecimento da doença.
Com informações de Webrun



