São Paulo — A forma como corredores de rua consomem produtos e serviços não segue mais o tradicional funil de venda, afirmou Daniel Krutman, CEO da plataforma Ticket Sports, durante o 4º Fórum Máquina do Esporte – Conteúdo, dados e a nova jornada do fã, realizado na terça-feira (18) no Teatro ESPM, na capital paulista.
Jornada fragmentada
Segundo o executivo, motivações emocionais, sociais e culturais tornam o percurso de compra “um grande mar de complexidade”. A sequência clássica — descoberta, compra de tênis, consumo de conteúdo, primeira prova, assessoria esportiva e suplementação — já não descreve o comportamento atual. “O funil morreu”, sintetizou Krutman.
Impacto financeiro
Dados apresentados na palestra apontam que o mercado global de corrida movimenta US$ 46 bilhões e pode chegar a US$ 77 bilhões nos próximos anos, de acordo com a EMR/Clight. Apenas o segmento de tênis responde por 51,7% desse montante.
No Brasil, 14 milhões de pessoas correm regularmente e 4 milhões participam de provas. Esse público integra a chamada economia do bem-estar, avaliada em US$ 6,3 trilhões em 2023 e projetada para atingir US$ 11 trilhões em 2029, segundo o Global Wellness Institute.
Sociabilização como motor
Krutman destacou que o convívio social é um dos principais impulsionadores da prática. No país, assessorias esportivas funcionam como polos de interação, enquanto no exterior crescem as crews, grupos informais de corrida que reforçam senso de comunidade. O executivo calcula que cada corredor influencia outras 12 pessoas do seu círculo social.
Imagem: Divulgação
Geração Z em ascensão
Levantamento da Ticket Sports mostra que corredores da Geração Z representavam 7,9% dos atletas amadores em 2023; a previsão é que atinjam 15% em 2025. Entre os fatores que atraem esse grupo estão busca por saúde mental, menor consumo de álcool e vontade de compartilhar a experiência nas redes sociais.
Com informações de Webrun



