Treinamentos diários de aproximadamente 20 minutos são suficientes para gerar resultados superiores a longas permanências na academia, segundo o especialista em calistenia Felipe Kutianski. O profissional defende que a curta duração favorece a aderência, fator decisivo para a transformação corporal.
Constância acima de treinos extensos
De acordo com Kutianski, mudanças no corpo dependem de repetição ao longo das semanas. “Vinte minutos cabem na rotina, a pessoa falta menos e o organismo responde à consistência”, resume.
Densidade e recrutamento muscular
Os 20 minutos propostos focam em produtividade por minuto: movimentos multiarticulares, controle de pausas e esforço próximo à falha muscular. Exercícios como flexões, agachamentos, remadas e pranchas ativam vários grupos ao mesmo tempo, elevam o gasto metabólico e trabalham força, estabilidade e mobilidade simultaneamente. Para o especialista, máquinas de isolamento exigiriam muito mais tempo para obter efeito semelhante.
Recuperação otimizada
Sessões curtas reduzem o risco de excesso de fadiga. Kutianski lembra que um dos princípios básicos do treinamento é estimular, recuperar e evoluir. Treinos longos sem estrutura podem atrapalhar o sono e aumentar o estresse, dificultando a repetição do estímulo com qualidade nos dias seguintes.
Mínimo viável poderoso
Para quem quer treinar em casa, o especialista adota um método de cinco padrões fundamentais sem necessidade de equipamentos:
- Agachar (membros inferiores);
- Empurrar (peito, ombros e tríceps);
- Puxar (costas e bíceps);
- Core e estabilidade (abdômen);
- Movimentos de intensidade (saltos e exercícios que elevam a frequência cardíaca).
A combinação desses grupos forma treinos completos, considerados “inteligentes e funcionais”.
Imagem: Adobe Stock
Erros frequentes em treinos caseiros
Kutianski lista deslizes que comprometem resultados:
- Confundir cansaço com evolução;
- Manter carga sempre muito leve;
- Sacrificar a técnica para realizar mais repetições;
- Falta de planejamento semanal;
- Ignorar sono, alimentação e recuperação.
FAIR: o acrônimo do método
O treinador resume sua abordagem em quatro pilares:
- Frequência – pequenas doses várias vezes por semana;
- Alimentação – foco em proteína, hidratação e qualidade geral;
- Intensidade – calibrada para gerar adaptação;
- Repouso – sono adequado e dias estratégicos de treino leve.
“A transformação depende de consistência, técnica e estímulos inteligentes. Quando o treino cabe na vida, ele acontece, e o corpo muda”, conclui Kutianski.
Com informações de Webrun



