Gene FTO amplia risco de obesidade, mas hábitos saudáveis atenuam impacto, dizem especialistas

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A obesidade segue em ritmo de epidemia global, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estimativas apontam que, em 2022, 43% dos adultos no planeta estavam acima do peso e 16% já conviviam com obesidade. No Brasil, o cenário não é diferente: a prevalência continua subindo e preocupa profissionais de saúde.

Em meio a esse quadro, o gene FTO (Fat Mass and Obesity-Associated) ganhou destaque por sua relação direta com o Índice de Massa Corporal (IMC). Descoberto em estudos de associação genômica ampla (GWAS), o gene foi ligado tanto ao aumento do peso quanto à maior disposição para a formação de células adiposas.

O que dizem os geneticistas

O geneticista Gustavo Guida, dos laboratórios Sérgio Franco e Bronstein, da rede Dasa, explica que pessoas portadoras de duas cópias do alelo de risco do FTO podem apresentar de 3 a 4 quilos a mais do que indivíduos sem a variante. O mesmo grupo tem probabilidade 1,67 vez maior de desenvolver obesidade.

Para o médico geneticista Ricardo Di Lazaro, cofundador da Genera (Dasa), o FTO também aparece ativo em núcleos cerebrais responsáveis pelo controle da fome, influenciando o apetite. Estudos indicam ainda que o gene participa da adipogênese, processo de formação de novas células de gordura.

Mitos e verdades sobre genética e peso corporal

Gene FTO e risco de obesidade — Verdade. Alguns estudos apontam que determinadas variantes podem elevar em até 50% a chance de desenvolver obesidade, além de acrescentar, em média, 3 quilos ao peso corporal.

Impacto genético varia entre populações — Verdade. Pesquisas com asiáticos e povos da Polinésia não encontraram associação significativa entre FTO e ganho de peso, indicando forte influência de fatores ambientais e culturais.

Portador do FTO será, inevitavelmente, obeso — Mito. Embora a genética contribua entre 40% e 60% para o risco de obesidade, estilo de vida equilibrado pode neutralizar grande parte desse efeito.

Obesidade depende apenas da genética — Mito. Dieta inadequada, sedentarismo e fatores emocionais ou sociais exercem papel crucial no desenvolvimento da condição.

Hábitos saudáveis modificam a ação do gene — Verdade. Alimentação balanceada, prática regular de exercícios e acompanhamento profissional reduzem o impacto das variantes ligadas ao ganho de peso.

Especialistas reforçam que a predisposição genética não determina, por si só, o futuro metabólico de uma pessoa. Estratégias de prevenção e tratamento continuam centradas em mudanças comportamentais aliadas ao monitoramento médico.

Com informações de Webrun

Jefferson Lima
Jefferson Lima
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