Modalidades de exercício com menor esforço físico, como yoga, meditação, pilates e tai chi chuan, vêm sendo apontadas por especialistas como alternativas eficazes para quem busca saúde integral sem recorrer, necessariamente, a treinos de alta intensidade.
Henrique Santos, profissional de Educação Física que atua com programas de bem-estar corporativo, explica que o conceito “no pain, no gain” ainda leva muitas pessoas a associar resultado apenas a atividades extenuantes. “O esforço extremo nem sempre está relacionado ao bem-estar. Muitas vezes, ele surge como tentativa desequilibrada de lidar com estresse ou insegurança”, afirma.
Exemplos de práticas e seus efeitos
Yoga combina posturas, controle respiratório e concentração, ajudando a reduzir níveis de cortisol e ansiedade.
Meditação fortalece foco e presença, promove relaxamento profundo e melhora o humor.
Pilates reforça postura, força e consciência corporal, além de ampliar flexibilidade e qualidade do sono.
Tai Chi Chuan, caracterizado por movimentos suaves e sincronizados à respiração, favorece coordenação e diminui tensões.
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De acordo com Santos, essas práticas estimulam a liberação de serotonina e dopamina – neurotransmissores ligados à sensação de bem-estar – e podem aumentar disposição, foco e vínculos sociais.
Desafios de adesão
Entre os obstáculos para popularizar exercícios de baixa intensidade estão a crença de que apenas treinos exaustivos trazem resultados e a pouca atenção ao componente emocional da atividade física. Segundo o especialista, a flexibilidade de horários e locais, bem como a possibilidade de adaptação a diferentes condições físicas, favorecem a regularidade e desmontam o estigma de que práticas holísticas são pouco eficazes.
“Está na hora de desmistificar a ideia de que essas modalidades não são caminho sólido para quem busca qualidade de vida”, conclui Santos.
Com informações de Webrun



