Organizar o treinamento em ciclos bem definidos é fundamental para quem busca evoluir na corrida e evitar lesões, afirmam os educadores físicos Paulo Silvestrini e Thais Bustillo. Segundo eles, a periodização — divisão do plano de treinos em etapas curtas, médias e longas — ajuda a desenvolver força, velocidade e resistência sem sobrecarregar o organismo.
O que é a periodização
Silvestrini explica que a metodologia distribui as cargas ao longo de microciclos (semanas), mesociclos (meses) e macrociclos (semestres ou ano), conforme o calendário de provas. Cada fase — preparatória, específica ou transitória — é ajustada ao nível de condicionamento do corredor.
Erros mais comuns
De acordo com Thais Bustillo, treinar forte o tempo inteiro, manter a frequência cardíaca elevada e negligenciar o descanso estão entre os principais equívocos. A falta de variação de intensidade e a má distribuição de volume também comprometem a evolução do atleta.
Ciclos de 12 semanas
Para alcançar as adaptações fisiológicas necessárias a uma prova alvo, Silvestrini sugere um ciclo de aproximadamente 12 semanas. Ao longo desse período, a carga é progressivamente ajustada para possibilitar melhorias sem exceder os limites do corpo.
Curta ou longa distância
A estratégia muda conforme a prova. Em percursos mais longos, o foco recai sobre maior volume com intensidade baixa. Já em distâncias curtas, prioriza-se alta intensidade e menor volume. Por isso, ressalta Thais, o acompanhamento de um profissional é considerado indispensável.
Imagem: Adobe Stock
Prevenção de lesões
Além do ganho de performance, um plano estruturado reduz o risco de lesões porque a progressão de carga é planejada para ser suportável. Silvestrini enfatiza que o programa precisa ser seguido como prescrito e combinado a exercícios de fortalecimento muscular.
Com informações de Webrun



