Passar longos períodos sem atividade física enfraquece a estrutura óssea e eleva a probabilidade de fraturas, principalmente na terceira idade. A advertência é do ortopedista Dr. Breno Faria Tenrreiro, que observa: “quando não nos movemos, o esqueleto deixa de receber os estímulos mecânicos necessários, fenômeno associado ao chamado efeito piezoelétrico”.
Doenças ligadas à falta de movimento
A ausência de exercícios favorece o desenvolvimento de osteopenia — estágio inicial de perda de densidade óssea — e de sua forma mais avançada, a osteoporose. O sedentarismo também está relacionado a dores articulares, rigidez e agravamento da artrose. Segundo o médico, mesmo quem convive com artrose deve priorizar a movimentação por meio de exercícios de cinesioterapia.
Períodos de maior impacto
A construção da maior parte da massa óssea ocorre na infância e adolescência. Ainda assim, adultos precisam manter níveis regulares de atividade, especialmente as mulheres a partir dos 50 anos. Após a menopausa, a perda de tecido ósseo se acelera, processo que se intensifica na ausência de exercícios.
Atividades recomendadas
Não é necessário iniciar com rotinas complexas de treino. Caminhadas, corridas leves, dança, pular corda, musculação ou movimentos com o próprio peso — a exemplo de agachamentos, pranchas e flexões adaptadas — já ativam o mecanismo de fortalecimento ósseo.
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Efeitos percebidos
Em poucas semanas, praticantes relatam mais disposição, melhora do humor e redução de dores articulares. O ganho de densidade nos ossos, porém, depende de constância e surge a longo prazo. “Cada sessão conta para garantir, no futuro, a autonomia de ações simples, como levantar-se sem ajuda ou subir escadas”, conclui Dr. Breno.
Com informações de Webrun



