Suplementar ômega 3 tem se mostrado uma estratégia direta para corredores que buscam melhorar recuperação pós-treino, aumentar a resistência e proteger a saúde cardiovascular. O nutriente, formado principalmente pelos ácidos graxos EPA (eicosapentaenoico) e DHA (docosahexaenoico), atua na modulação de processos inflamatórios e na otimização do transporte de oxigênio, fatores que influenciam o desempenho em provas curtas ou longas.
Por que o nutriente faz diferença
Treinos intensos causam microlesões musculares e ativam respostas inflamatórias. Ao reduzir esses processos, o ômega 3 encurta o tempo de recuperação e diminui a dor muscular tardia. Além disso, ao favorecer a função endotelial — que controla a dilatação dos vasos — o ácido graxo melhora a distribuição de oxigênio e nutrientes durante o exercício, permitindo manter ritmos elevados com menor percepção de esforço.
O endocrinologista e médico do esporte Guilherme Renke, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, classifica o ômega 3 como “suplemento ergogênico”, reforçando sua importância para a saúde muscular e para a disponibilidade energética do atleta.
Fontes animal e vegetal
Como o corpo humano não produz o nutriente em quantidade suficiente, a ingestão deve ocorrer pela alimentação ou suplementação. Há duas vias principais:
- Origem animal: presente em peixes de águas frias, como salmão, sardinha e anchova, fornece EPA e DHA prontos para uso, o que acelera a absorção e amplia ganhos na saúde cardiovascular e articular.
- Origem vegetal: encontrada em sementes de linhaça, chia, nozes, algumas verduras e, principalmente, em algas marinhas. Nestes alimentos domina o ALA (ácido alfa-linolênico), convertido em EPA e DHA pelo organismo. Suplementos de algas concentram essas formas ativas e atendem veganos e vegetarianos.
A escolha entre versões animal ou vegetal depende de preferências alimentares e orientação profissional. Enquanto a forma animal apresenta maior biodisponibilidade, produtos à base de algas oferecem alternativa eficaz sem ingredientes de origem animal.
Imagem: Internet
Efeitos diretos no desempenho
Estudos apontam que a ingestão regular de ômega 3 diminui a produção de substâncias associadas à dor e ao desconforto muscular, aumentando a consistência dos treinos. Também há evidências de redução de triglicerídeos, o que reforça a saúde do coração — ponto fundamental para corredores que enfrentam volumes elevados de esforço repetitivo.
Com recuperação acelerada, menor risco de lesões e maior capacidade de sustentar intensidade, o ômega 3 desponta como aliado estratégico para quem pretende evoluir na corrida sem abrir mão da segurança.
Com informações de Webrun



